ALEGRIA - A EDUCAÇÃO DO OTIMISMO

A MANEIRA PESSOAL DE VIVER O OTIMISMO

Confio razoavelmente em minhas próprias capacidades, qualidades e possibilidades de tal maneira que aproveito muitas delas? 

(O otimismo se baseia na confiança. A pessoa desconfiada, em qualquer sentido da palavra, tende a não aproveitar suas possibilidades. Não vê mais do que as limitações). 

Confio razoavelmente nos demais? Habitualmente descubro o que há neles de positivo? 

(É possível ser otimista com respeito a si próprio e também com respeito aos demais. Sempre se pode descobrir algo positivo nas pessoas com as quais nos relacionamos). 

Confio em Deus de tal maneira que, mesmo que não entenda o sentido de algum acontecimento, compreendo que tudo é para o bem? 

(Surgem na vida da maioria das pessoas situações em que não seria razoável continuar sendo otimista a nível humano, por exemplo, ao morrer uma criança, uma doença grave, uma desgraça econômica. Unicamente a fé sobrenatural permite descobrir algo bom nelas). 

Em situações difíceis, faço um esforço para buscar soluções positivas, tentando superar a tendência de queixar-me?

(É fácil ser otimista em situações positivas. Ao contrário, quando as coisas vão mal é possível que passemos a queixar-nos e lamentar-nos ou a acusar a outros de serem os responsáveis pela situação).  

Em qualquer situação busco o positivo em primeiro lugar? 

(Não se trata de falsificar a realidade, mas saber buscar o positivo em primeiro lugar. É um hábito que pode ser desenvolvido). 

Sou realista e, habitualmente, sei enfrentar as dificuldades esportivamente? 

(Mesmo que tentemos descobrir o positivo, objetivamente, podem haver muitos problemas. O otimismo leva a enfrentar-se com eles esportivamente). 

Distingo entre o que é aproveitável e o que não é e, assim, chego a otimizar o primeiro. 

(O falso otimismo ou um excesso de otimismo levaria a pessoa a tentar aproveitar o que não é aproveitável, a devanear, a enganar-se e/ou levar os demais ao erro). 

De modo geral, consigo enfrentar a vida com bom humor?

(O bom humor permite assumir a responsabilidade pela própria vida sem sentir-se abatido ou desgraçado). 

Entendo a importância de ser otimista, tendo como finalidade aproveitar todos os talentos que Deus me deu, contagiar os demais com sincera alegria e viver como um autêntico filho de Deus?

(É possível que muitos tentem ser otimistas simplesmente para não sofrer, para sentir-se mais à vontade ou por comodidade). 

Percebo-me, habitualmente, gozando de paz interior, que me ajuda a superar os desalentos?

(Esta paz interior não é algo que se possa desenvolver como virtude mas é, na verdade, um indicador de que se está vivendo a virtude do otimismo).

A EDUCAÇÃO DO OTIMISMO

Crio as situações adequadas para que os meninos (as) possam viver suas vidas com alegria? 

(Se existe um ambiente de alegria, é mais provável que os jovens identifiquem o que há de positivo ao seu redor). 

Centro minha atenção nos aspectos e condutas positivas dos filhos/alunos, de tal maneira que ganham confiança em suas possibilidades? 

(É relativamente frequente encontrar educadores que insistem no “melhorável” dos educandos, no que fazem mal. Essa atitude não motiva, não ajuda os jovens a serem otimistas). 

Ajudo os jovens a se conhecerem, sendo realistas no que diz respeito às suas qualidades e capacidades, com o fim de aproveitá-las ao máximo? 

(As crianças necessitam de ajuda para conhecerem a si mesmas, caso contrário, podem incorrer tanto no erro de depreciar-se quanto supervalorizar-se. Trata-se de buscar ser realista). 

Aproveito ou crio situações para que os meninos (as) possam começar a andar sozinhos, sem ajudá-los desnecessariamente?

(Uma ajuda desnecessária é uma limitação para a pessoa que a recebe. Se os educadores ajudam demais, o otimismo dos jovens pode ser falso, já que depende da ajuda que recebem dos demais). 

Mostro minha confiança e meu amor aos filhos/alunos de tal maneira que eles tenham a segurança necessária para assumir a responsabilidade por suas próprias vidas?

(Não basta querer ou confiar. É necessário manifestá-lo. Unicamente assim muitos deles se lançarão a realizar ações boas, aproveitando seus talentos ao máximo). 

Quando acontecem coisas que são objetivamente negativas, por exemplo uma doença, a falta de lealdade de um amigo, uma reprovação em um exame, ajudo meu filho/aluno a assumir uma atitude otimista, com o fim de tirar algo positivo dessas situações?

(Não é necessário criar situações deste tipo, logo elas surgirão. Entretanto, se algum jovem não parece fracassar nunca, ou não tem dificuldades especiais, pode ser bom criar uma situação problemática com o fim de que aprenda a superar dificuldades e fracassos. Certamente vai encontrar dificuldades em diferentes momentos de sua vida e melhor será que aprenda a superá-las quando ainda é jovem). 

Falo com os jovens com o fim de que descubram o que significa confiar em Deus?

(Não se tratam de grandes conversações mas, de preferência, de pequenas chamadas de atenção, informações breves que estimulam a reflexão).

Tento criar situações para que as crianças que costumam fracassar tenham a oportunidade de alcançar êxito?

(Assim, podem desenvolver a confiança em si mesmos. Se acostumam-se a fracassar em quase tudo, jamais serão otimistas, nem saberão aproveitar as capacidades e qualidades que possuem). 

Promovo ações ou situações em que os meninos (as) são autenticamente importantes? 

(Não se trata de que os jovens “se sintam” importantes, mas que sejam importantes. Isso é possível responsabilizando-os por tarefas de serviço aos demais, por cumprir com encargos relevantes etc. Assim, encontrarão a satisfação do trabalho bem feito e, com isso, crescerá o otimismo). 

Ensino aos meninos (as) a pedir a ajuda necessária para realizar seus projetos? 

(Os jovens necessitam saber quando convém pedir ajuda a seus pais, a seus professores ou a seus companheiros. Também devem acostumar-se a pedir ajuda a Deus, sabendo que assim tudo concorrerá para seu bem).