ARTIGO: David Copperfield, de Charles Dickens
 

“[…] Tão verdadeiros são esses sentimentos no presente que agora só posso fazer ao leitor mais uma confidência. De todos os meus livros, este é o de que gosto mais. É fácil acreditar que sou pai afetuoso de todos os filhos de minha fantasia, e que ninguém jamais amará essa família mais do que eu. Mas, assim como muitos pais afetuosos, tenho no fundo do meu coração um filho predileto. E seu nome é DAVID COPPERFIELD.”

(Charles Dickens)

Esse é um trecho do prefácio escrito pelo próprio Dickens para a obra que, mesmo sendo “filha do meio” - já que o autor ainda escreve outros 7 romances após David Copperfield -, é fruto já da sua maturidade literária.

David Copperfield, narrado em primeira pessoa, é um exímio romance de formação que fará com que, em pouco tempo, você considere David como um amigo que você acompanha de perto e torce pelas suas conquistas.  Não é um livro para ser lido rapidamente - e eu não estou falando da quantidade de páginas, como você pode pensar assim que se deparar com o calhamaço - mas, sim, porque é um livro pra ser vivido junto com o personagem, lendo com aquela mesma calma que devemos dedicar aos nossos amigos quando decidem nos confiar suas vivências.

Início de ano é um período em que muitos costumam organizar suas listas e metas de leituras. Fica aqui essa obra como uma dica de “leitura marginal” (CALMA, eu explico) é uma leitura paralela para ser feita ao longo do ano, concomitantemente  à sua lista já programada - caso tenha uma.

Elidária Rocha

Bibliotecária do Colégio do Bosque Mananciais

Formada em Biblioteconomia e Gestão pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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