Artigos

Competência do mês de outubro: CORAGEM

Reflexões sobre essa importante virtude

05
Out
2021

CORAGEM

Competência do mês de outubro/2021

 

     Logo após refletirmos sobre profissionalismo e dedicação naquilo que fazemos, somos convidados agora a estudar sobre a CORAGEM, competência que ajuda a enfrentar os desafios e seguir adiante. É a capacidade de assumir riscos para alcançar um objetivo, sempre com responsabilidade, conhecendo os nossos limites e as nossas qualidades.

     A “coragem” é o valor que nos permite lutar pelo que vale a pena. Ajuda-nos a superar nossos medos e redireciona a vida em momentos difíceis. Ser corajoso não é fácil: é necessária a fortaleza interior. Mas, por outro lado, ela não é exclusiva de pessoas sobre-humanas (extraterrestres): todos nós podemos ser corajosos quando surge a ocasião. A coragem pode indicar uma audácia e enfrentamento dos problemas com criatividade, planejamento e força de vontade, ou pode também ser um enfrentamento de si próprio reconhecendo suas falhas e com humildade pedindo ajuda para aprender a crescer. Às vezes, a coragem exige que sejamos consequentes com nossos atos e, concretamente, que assumamos os nossos erros. É mais fácil diminuir o peso das coisas ou dissimular. Por amor à verdade, por respeito aos outros, por coerência consigo mesmo, é preciso reconhecer os próprios erros. Reconhecer, por exemplo, diante dos nossos filhos, dos nossos empregados ou dos nossos alunos que cometemos um erro e pedir desculpas não diminui nossa autoridade; muito pelo contrário. Para um aluno, coragem é pedir ajuda ao professor, saber falar sobre suas fraquezas e acolher as sugestões de luta. É ser amigo dos pais, falar a verdade, obedecer, pedir ajuda e também ajudar. Reconhecer nossas potencialidades também é saber o que consigo fazer, ter auto estima, prontidão para os desafios e alegria para seguir em frente.

 

       Alguns andam na vida largados, ladeira abaixo e sem freios, o que chamamos de temeridade, pessoas que não têm medo de nada, são inconsequentes; outros, pelo contrário, são tão inseguros e amedrontados que não conseguem ter iniciativa e força para seguir adiante, precisam ser rebocados. Nem uma posição nem outra. Precisamos buscar o equilíbrio que vem através da virtude e aqui podemos nos apoiar na virtude da Fortaleza. A coragem está relacionada também com defender aquilo que sabemos ser correto. Ainda que essa defesa seja algo arriscado para nós. Com frequência, a consciência acusa quando se está cometendo uma injustiça, ou que se está faltando gravemente com a verdade.

      Nesses momentos, é preciso encher-se de coragem e agir com coerência. Há ocasiões em que é obrigatório assumir uma posição contrária a uma opinião pública majoritária, mas equivocada, ainda que essa maioria não goste. Atitudes como não manifestar nossa opinião porque isso agrada os superiores e ser bajulador, além de constituírem uma falta de personalidade, são uma falta diante das nossas obrigações. Sem dúvida, a covardia gera sociedades doentias e debilitadas. A coragem produz pessoas dignas de respeito e confiança, sociedades sadias e nações fortes. 

     No material do Quero Querer dos meses anteriores, conversamos um pouco sobre a responsabilidade, a busca pela autonomia pessoal e o controle dos nossos sentimentos, sabendo expressar cada coisa no momento certo. Comentamos com os alunos que é preciso ter CORAGEM para viver a virtude, pois fazer o bem custa, buscar o bem custa. Portanto, refletir sobre a virtude da Fortaleza e a competência da coragem poderá robustecer o nosso espírito para assumir uma posição de destaque no grupo e na sociedade em que vivemos.

 

Algumas questões para discutir em grupo:

 

1. Criamos um ambiente de confiança em casa para que os nossos filhos não tenham inconvenientes em nos contar as coisas que lhes custam ou envergonham? 

2. Fazemos com que os nossos filhos sintam que levamos a sério seus problemas? 

3. Escutamos o que os nossos filhos querem dizer, fazendo com delicadeza perguntas adicionais que demonstrem o nosso interesse e também para os compreender melhor?

4. Motivamos nossos filhos a perguntar diante de qualquer dúvida em casa ou em aula? 

5. Sugerimos aos nossos filhos que participem ativamente das aulas e das atividades extracurriculares? 

 

Para refletir:

 

1.Escutar com interesse o que os nossos filhos nos querem dizer sobre suas atividades no colégio e fora dele. 

2. Elogiar de forma explícita as ações dos nossos filhos, especialmente quando são sinceros ou quando delicadamente corrigem alguém. 

3. Conversar com os professores sobre o comportamento dos nossos filhos em aula: respondem facilmente às perguntas do professor? São tímidos para perguntar quando não entendem? 

4. Criar momentos, pelo menos uma vez na semana, nos quais cada filho possa ter uma oportunidade de conversar pessoalmente sobre seus temas com o pai ou a mãe.

5. Ajudar os filhos a superar a timidez. Criar um ambiente de confiança que lhes facilite fazer perguntas e apoiá-los especialmente em situações de insegurança ou dúvida. 

6. Cooperar com os filhos na sua preparação para as apresentações orais, sendo os primeiros a ouvir as respostas preparadas. É importante evitar uma crítica excessiva, mas se deve proporcionar assessoramento para que falem alto, pausada e claramente, a fim de que sejam bem  compreendidas suas respostas. 

7. Permitir que os próprios filhos se apresentem nas relações sociais, quando há visitas, quando vão ao médico, ao dentista, etc. 

8. Pedir-lhes para averiguar pessoalmente e trazer as informações para organizar suas atividades extracurriculares (língua estrangeira, clube juvenil, grupo de escotismo, excursões, etc.)

 
    Compartilhar no WhatsApp